Dispositivo de invisibilidade: mito ou realidade?



Entenda como

Para compreender como atingir o fenômeno da invisibilidade, faz-se necessário recordar alguns conceitos da física.

Imagine uma lâmpada que ilumina um determinado objeto, por exemplo. Esse objeto pode absorver, transmitir ou refletir a luz. E justamente graças a essa luz espalhada pelo objeto, é que podemos enxergá-lo.

O cérebro processa a informação e nos diz a forma e a cor do objeto. Por isso, para fazer um objeto ficar invisível a nossos olhos, precisamos que os raios luminosos se desviem ao chegar perto do objeto e se reconstruam de forma a se afastarem dele.

Para o feito, cientistas trabalham com a refração, fenômeno físico que explica por que temos uma falsa impressão da profundidade de qualquer objeto no fundo de uma piscina, por exemplo. Na década de 1960, o físico russo Victor Veselago provou que meios com índice de refração negativo teriam propriedades ópticas extraordinárias. Mas não existiam ainda tais materiais.

Apenas há alguns anos foram produzidos os primeiros materiais com tal característica. Esses “metamateriais” abriram uma possibilidade enorme: a de gerar caminhos luminosos até então impossíveis, como fazer a luz desviar de um objeto iluminado.

Alfinetes e clipes invisíveis

Diversos grupos ao redor do mundo conseguiram uma invisibilidade quase perfeita para objetos milimétricos.

Uma das pesquisas mais proeminentes tem sua casa na Universidade de Birminghan, na Inglaterra. Os pesquisadores conseguiram tornar alfinetes e clipes invisíveis ao olho humano, graças a um dispositivo capaz de ocultar objetos dentro do espectro de luz visível.

O feito é do cientista Zhang Shuang, que criou um aparelho com dois cristais de calcite, um mineral que possibilita a polarização da luz, sendo capaz de criar um manto de invisibilidade.

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